Este blog teve acesso a uma série de documentos que mostram a relação entre a UFSC e um Mensaleiro do DEM, que também é servidor daquela Universidade. Pessoas ligadas àquele mensaleiro se instalaram em um departamento daquela instituição e passaram a ter forte influência na gestão da UFSC. O assunto é muito longo e tem vários desdobramentos e, portanto, será apresentado em uma série de artigos.
O MENSALEIRO
José Luiz da Silva Valente, filiado ao PMDB do DF, foi servidor da FURG (Universidade Federal do Rio Grande, não confundir com UFRGS), na qual começou como Analista de TI, em 1983 e chegou a Pró-Reitor dez anos depois. Na época em que chegou à esse cargo Valente tinha um relacionamento com Eleonora Milano Falcão Vieira, filha do Ex-Reitor dos tempos do Governo Médici, Eurípedes Falcão Vieira.
Assim, Valente chegou ao cargo de Diretor do Departamento de Desenvolvimento do Ensino Superior do MEC de 1996 lá permanecendo até agosto de 2004, ou seja, sobreviveu no cargo durante a transição do Governo FHC para o Governo Lula. Em 2000, enquanto exercia aquele cargo pediu redistribuição da FURG para a UFSC, onde, teoricamente, continua atuando como Analista de TI. Nomesmo dia de seus pedido de redistribução fizeram o mesmo a sua companheira, na qualidade de bibliotecária, e o Professor Luiz Alberton, futuro Pró-Reitor de orçamento e gestão da UFSC
Sua passagem pelo MEC levou Valente a responder um processo por improbidade devido a contrataçãoirregular de 108 servidores, alguns dos quais seriam fantasmas, paraa UNb e UFMA. Valente acabou exonerado daquele cargo devido a tal processo. Hoje há um processo que corre na Justiça Federal de Brasília no qual Valente obteve decisão favorável em primeira instância, mas o MPF recorre da causa.
Assim, Valente chegou ao cargo de Diretor do Departamento de Desenvolvimento do Ensino Superior do MEC de 1996 lá permanecendo até agosto de 2004, ou seja, sobreviveu no cargo durante a transição do Governo FHC para o Governo Lula. Em 2000, enquanto exercia aquele cargo pediu redistribuição da FURG para a UFSC, onde, teoricamente, continua atuando como Analista de TI. Nomesmo dia de seus pedido de redistribução fizeram o mesmo a sua companheira, na qualidade de bibliotecária, e o Professor Luiz Alberton, futuro Pró-Reitor de orçamento e gestão da UFSC
Sua passagem pelo MEC levou Valente a responder um processo por improbidade devido a contrataçãoirregular de 108 servidores, alguns dos quais seriam fantasmas, paraa UNb e UFMA. Valente acabou exonerado daquele cargo devido a tal processo. Hoje há um processo que corre na Justiça Federal de Brasília no qual Valente obteve decisão favorável em primeira instância, mas o MPF recorre da causa.
Exonerado do Cargo no MEC, Valente deveria regressar ao seu cargo na USFC, estando alocado ao gabinete do Reitor. Todavia, ele criou a empresa VMD Brasil Consultoria Educacional LTDA. Em 2006, SimonSchwartzman relatou em seu blog que Valente trabalhava naquela empresa.
Após exercer o cargo na SESu durante o Governo Lula, Valente volta às fileiras da oposição ao Governo Federal, no ano de 2007, e torna-se Secretário de Educação do Distrito Federal, durante o Governo Arruda. Nesse momento, Valente tornou-se conhecido nacionalmente por sua participação no Mensalão do DEM de Brasília. Após escutas telefônicas foi detectada uma conversa na qual os interlocutores afirmaram que Valente recebera R$ 60.000, referentes a propinas. Posteriormente, durante a operação Caixa de Pandora, foi encontrada uma grande quantidade de dinheiro vivo na casa de Valente. Após ser exonerado daquela Secretaria em dezembro de 2009, Valente tornou-se um dos réus no caso do Mensalão do DEM de Brasília, indiciado por formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na CPI da Assembleia Distrital do DF Valente foi apresentado como “representante da Universidade Federal de São Carlos em Brasília”. Não se sabe se a troca do termo “Santa Catarina” por “São Carlos” foi devida à semelhança entre as siglas “UFSC” e “UFSCar” ou se ocorreu algum tipo de dissimulação. Naquele relatório são apresentados outros três casos de corrupção envolvendo Valente.
Valente deveria ter regressado à UFSC após aquela exoneração. Entretanto, ele criou a empresa VNR Brasil Consultoria Educacional e Hospitalar LTDA e afirmou em seu Linkedin (hoje retirado do ar) que trabalha naquela empresa como consultor. Cinco meses após a exoneração, em maio de 2010, Valente solicita licença para concorrer ao cargo de Deputado Distrital, na qual obteve 1.400 votos,sem ser eleito. Naquele pleito ele declarou um patrimônio de cercade R$ 300 mil, sendo que R$ 18.000,00 estavam um uma conta em nome de seuFilho com Eleonora.
Em 2011, Valente voltou ao cargo de Secretario de Educação do DF, já no Governo do Petista Agnelo Queiroz, mostrando ser um político suprapartidário. Mas, Valentefoi exonerado após condenação em outro processo, desta vez pordesvio de recursos da merenda escolar. Essa sentença o impede deexercer cargos públicos no DF até 2018.
Mas Valente, que está alocado para trabalhar no Gabinete da Reitora, não regressou a Florianópolis. Em ato contínuo obteve mais uma licença, desta vez para cursar mestrado em Brasília. Apesar de ser servidor da UFSC, reside no Condomínio Ville de Montagne, Quadra 01, Casa 98, Lago Sul, Brasília-DF. Segundo o Portal Transparência, o salário atual de Valenteé de R$ 9.215,57,
No próximo Post: Como se tornar docente de uma das mais tradicionais Universidades Federais sem ter doutorado.