Clique aqui para ler a matéria |
Instituto de Física da USPe, dentre eles Mahir Hussein.
O Professor Hussein denunciou o fato, mas em vez do mesmo
ser apurado Hussein passou a ser perseguido por Toledo e Carlin, que
continuaram em seus cargos de chefia. Dentre as retaliações Hussein foi
inclusive despejado de sua sala de trabalho. Outros docentes, como Élcio
Abdalla e João Barata, que partiram em defesa de Hussein, foram ameaçados por
Toledo e Carlin com a apresentação de supostos dossiês contra esses
professores, dossiês esses que não apareceram até hoje.
Durante a greve de 2007 o caso vazou para imprensa. Em vista
disso, a USPe não pôde mais abafar o caso e teve que fazer uma apuração ao
menos para inglês ver. A comissão de ética da USPe constatou plágio e deu uma
rigorosa “moção de censura” aos professores Carlin e Toledo. Entretanto, os
assediados, professores Abdala, Hussein e Barata foram repreendidos por tomarem
uma postura contra os plagiadores e questionarem suas atitudes.
Apesar dessa rigorosa moção de censura, os dois plagiadores
foram mantidos em seus cargos. Carlin só deixou a Coordenação da FUVEST, por
livre e espontânea vontade, após vários editoriais do Jornal Folha de São
Paulo, questionando como o coordenador do maior vestibular do país poderia ser
um colador. Todavia, o Professor Toledo se manteve no Conselho curador da
FUVESTe e na direção do Instituto de Física da USPe
Carlin, depois de pego com a boca na butija, acabou
escrevendo para a revista fisical reviu assumindo sozinho o plágio. Dessa
forma, ele livrou a cara de Toledo e outros co-autores. Todavia, fica a
pergunta: Houve crime de violação ao direito autoral e improbidade: Onde estão
a polícia e o Ministério público?
Infelizmente, apropriar-se de trabalhos de terceiros é uma
prática comum em nossas Universidades. Muitas vezes para que um aluno seja
admitido em um mestrado ou doutorado é exigido que ele tenha publicado em
co-autoria com professores daquele programa. Em vários casos essa co-autoria
significa fazer o trabalho e colocar o nome do professor. Outra categoria muito
sujeita a essa prática são os professores substitutos, que pretendem ser efetivados
algum dia. Esses alunos e professores se habilitam a docência e por serem “colaborativos”
acabam sendo aprovados em concursos para professores de universidades públicas,
pagos com o dinheiro do contribuinte. Como professor, esses alunos e professores
substitutos usarão as práticas que tão bem aprenderam quando eram alunos para
tirar proveito da nova geração de estudantes. Assim, acabam conseguindo os
louros por uma evolução científica que não existe em nosso país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário